A história de um “fantasma” que,
través de pancadas nas paredes de madeira e no assoalho de uma velha casa,
entrou em contato com as meninas Margareth e Kate Fox, respectivamente de 12 e
09 de idade, é apresentada como o “fenômeno” que marcou o início oficial do
espiritismo moderno. Essa história, tida como verdadeira, tem sido utilizada em
livros, revistas e jornais, tanto por escritores espíritas, como por
intelectuais de outras confissões religiosas, inclusive por evangélicos – o que
é de se lamentar.
Pois na verdade o que aconteceu
na vila de Hydesville, no Estado de Nova Iorque, EUA, em 1847 (dez anos antes
de Allan Kardec lançar na França “O Livro dos Espíritos”), envolvendo um
“fantasma” e aquelas duas meninas, não foi o que os espíritas chamaram de “o
início da comunicação dos seres além-túmulo com o mundo dos vivos”.
O que ocorreu na verdade naquela
velha casa habitada por um casal de cristãos metodistas, que tinha como filhas
as meninas Margareth e Kate Fox, não passou, inicialmente, de uma brincadeira
das meninas para impressionar a ingênua e supersticiosa senhora Fox; mas essa
brincadeira resultou em uma sessão de fenômenos enganosos, em uma história
elaborada com astúcia, cuja trajetória e desfecho serviram aos desígnios do Pai
da mentira, Satanás, (Jo 8.44).
Porém, 40 anos depois, toda a
verdade foi espontaneamente revelada pelas próprias fundadoras do espiritismo.
Apesar de ter sido um acontecimento de imensa repercussão na época, esse fato é
hoje quase totalmente desconhecido do povo brasileiro, inclusive da maioria dos
espíritas. Daí a razão de o estarmos divulgando aqui, pois, segundo observou
Álvaro Negromonte: “Há muitos espíritas de boa fé, honestos e retos, que servem
à causa do espiritismo com dedicação, convictos de estarem com a verdade”. É
necessário, portanto, que eles sejam eficientemente evangelizados pela mensagem
bíblica, e pelo conhecimento dos fatos que passamos a apresentar a seguir.
A autenticidade dos documentos e
das revelações que fazemos nesta matéria pode ser confirmada em cinco autores
fidedignos: Álvaro Negromonte (1), Pascoal Lacroix (2), Boaventura Kloppenburg
(3), Raphael Gasson (4) e Fernando Palmes (5).
Faz-se necessário, portanto, que
todos tomem conhecimento do que realmente aconteceu em Hydesville. Como
evangélicos, cumpramos nossa obrigação de “alumiar os que jazem nas trevas e na
sombra da morte…” (Lc 1.79).
UMA CARTA EXPLODE EM NOVA IORQUE.
Após trabalhar como médium
durante 40 anos na divulgação do espiritismo, Margareth Fox Kane, uma de suas
fundadoras, escreveu e enviou uma carta ao diretor do jornal novaiorquino New
York Herald, de ampla circulação. O diretor leu-a e divulgou-a imediatamente.
Publicada no dia 25 de maio de 1888, a carta teve, entre os milhares de
leitores do Herald, o efeito de uma bomba nuclear explodindo em pleno centro da
cidade de Nova Iorque. Ao comprarem o jornal, os espíritas mal acreditavam no
que liam, pois o deus deste século lhes havia cegado o entendimento (II Co
4.4), e continua mantendo hoje milhões de pessoas na cegueira espiritual.
O conteúdo da carta as seguintes
revelações: Margareth confessava ter ficado muito triste ao saber, através de
uma reportagem lida naquele mesmo jornal, que sua irmã Kate fora vítima de uma
desgraça. A carta não nos revela que desgraça fora essa, mas fica-se sabendo
que o caso envolvera os dois filhos de Kate, os meninos Purdy e Henry.
“O ESPIRITISMO É UMA PRAGA”.
Em seguida, sem maiores
cerimônias, a fundadora do espiritismo confessa: “O espiritismo é uma praga.
Deus tem aposto sua marca contra ele. Chamo-o de praga, pois é utilizada para
encobrir pessoas sem coração…”. Na seqüência de suas revelações, Margareth cita
vários nomes de pessoas (inclusive, um ex-ministro de Portugal) que vivem sendo
constantemente enganados pelos médiuns. (Segundo a concepção do espiritismo,
médium é aquele ou aquela que serve de intermediário nas comunicações entre
vivos e mortos). Esses médiuns, afirma a fundadora do espiritismo, “atiram
loucamente as espetaculares fraudes que inundam Nova Iorque.”
As pessoas que procuram
envolver-se com o espiritismo, continua Margareth, “tornaram-se loucas, e sob a
direção de seus fraudulentos “médiuns” são induzidas a se despojar de todos os
bens temporais ao mesmo tempo que do senso comum, que, na intenção de Deus,
deveriam conservar como coisa sagrada.”
Antes de tecer algumas
considerações sobre fanatismo e concluir a carta, Margareth torna a afirmar:
“Seja qual for a forma a qual se apresente, o espiritismo tem sido e será
sempre um a praga e uma armadilha para os que nele se metem. Homem algum ou
mulher alguma de bom juízo pode pensar de outro modo.”
UMA REPORTAGEM ABALA O
ESPIRITISMO.
Imediatamente, milhares de cartas
começaram a ser enviadas à redação do jornal New York Herald, suplicando que
Margarida desmentisse aquelas declarações. Outras pediam que as duas irmãs
demonstrassem publicamente a falsidade do espiritismo, e lançassem por terra o
renome de milhares de médiuns que estavam a se enriquecer às custas do povo.
Quatro meses após toda aquela
agitação, Margareth voltou para os Estados Unidos. Ela havia escrito a famosa
carta durante o curto período que passara morando na Inglaterra.
Logo após sua chegada, um
repórter do jornal visitou-a em sua casa, na West Forty-Fourth Street, em Nova
Iorque, e depois fez uma reportagem que mais uma vez causou agitação entre os
espíritas e leitores em geral, sob o título: “Célebre médium declara que os
espíritos nunca voltam”.
O repórter descreveu Margareth
como “uma pequena e magnética senhora de meia idade, cujo rosto ostenta sinais
muitos sofridos e de larga e universal experiência”. A médium contou ao
repórter “a história de uma vida das mais estranhas e fantásticas que jamais
foram narradas”.
KATE, UMA ALCOÓLATRA.
Através dessa reportagem, alguns
pontos obscuros da carta foram esclarecidos. Ficamos sabendo, por exemplo, que,
por razões morais, a Sociedade para a Prevenção de Crueldade às Crianças havia
tirado os dois filhos de Kate de sua companhia, e esta fora detida sob a
acusação de “negligenciar o cuidado dos seus filhos Purdy e Henry, devido à
bebida e à preguiça”. Essa tinha sido “a tragédia que se abateu sobre minha
irmã e os meus sobrinhos”, segundo se expressava Margareth na carta. Que belo
exemplo dado por essas fundadoras do espiritismo! Uma alcoólatra, e a outra
(também alcoólatra), mentirosa, como veremos a seguir.
Ao saber do que ocorrera à sua
irmã e aos seus sobrinhos, Margareth (que estava na Inglaterra) fez algo que é
marca registrada do espiritismo: enganou as autoridades de Nova Iorque
enviando-lhes um telegrama em nome de um tipo paterno dos meninos, Edward
Jencken (que estava na Rússia, e de nada sabia), onde este “assumia” a
responsabilidade sobre as crianças. As autoridades acreditavam, devolveram os
meninos à Kate e esta viajou com os filhos para a Inglaterra, a fim de
entregá-los ao “tio Edward”, que não era outra pessoa senão a própria
Margareth.
Eis o belo testemunho de
credibilidade e idoneidade moral dada por essa fundadora do sistema religiosa
que afirma ser a Verdade, a Terceira Revelação, “surgida na Terra para corrigir
os erros e as omissões de Moisés e Jesus Cristo”, conforme afirmou Kardec!
Diante desses fatos muitos esclarecedores são as palavras proféticas do
apóstolo Paulo: “Porque já o ministério da injustiça opera com todo o poder, e
sinais e prodígios de mentira…”, (II Ts 2.7,9).
INICIADAS DESDE CRIANÇA NO
ESPIRITISMO.
Baseando-se certamente nas
declarações que Margareth fizera na famosa carta, o autor da reportagem
pergunta: “Uma vez que a senhora abomina o espiritismo, como é que durante
tanto tempo o praticou?” Em sua proposta, Margareth revela outros detalhes
esclarecedores de toda essa história. Léia, a irmã mais velha de Kate e
Margareth, as havia arrastado para as práticas enganosas do espiritismo, após
descobrir que as meninas faziam o uso de certas “habilidades” e truques em suas
brincadeiras para impressionar a mãe. “Ela é minha detestável inimiga”,
desabafa Margareth referindo-se à sua irmã. “Eu a odeio. Meu Deus! Eu a
envenenaria! Não, não faria isso, mas eu a açoitaria com a minha língua… Nossa
irmã serviu-se de nós em suas exibições; ganhamos dinheiro para ela… Oh, estou
atrás dela, sabe o senhor que se pode matar, às vezes, sem usar armas?”
Quem poderia ter inspirado à
fundadora do espiritismo esse impulso assassino, essa propensão fratricida,
senão o diabo, aquele que foi homicida desde o princípio…? (Jo 8.44).
“OS MORTOS NÃO VOLTAM”.
Dando continuidade às suas
revelações, Margareth declarou ao repórter: “Sabia, então, que todos os efeitos
por nós produzimos eram absolutamente fraudulentos. Ora, tenho explorado o
desconhecido na medida em que uma criatura o pode. Tenho ido aos mortos
procurando receber deles um pequeno sinal. Nada vem daí – nada, nada. Tenho estado
junto às sepulturas, na calada da noite, com licença dos encarregados. Tenho me
assentado sozinha sobre os túmulos, para que os espíritos daqueles que
repousavam debaixo da pedra pudessem vir ter comigo. Nada! Não, não, não os
mortos não hão de voltar, nem aqueles que caem no inferno. Assim diz a Bíblia
Sagrada, e eu digo também. Os espíritos não voltam. Deus nunca o ordenou.”
Estas afirmações estão de acordo
com o que a Bíblia, o Livro da Verdade, declara: “Aos homens está ordenado
morrer uma só vez, vindo depois disto o juízo”, (Hb 9.27). Se os mortos não
voltam, quem é então responsável por esses fenômenos do espiritismo, por essas
manifestações de “espíritos de mortos” nas sessões espíritas? É Satanás e seus
“espíritos auxiliares”, os demônios. Para enganar a todos, ele faz qualquer
coisa, transformando-se em espírito de luz, (II Co 11.17).
Finalizando a entrevista,
Margareth surpreende o repórter demonstrando como “o fantasma batedor” havia
entrado em contato com sua irmã, e como elas, há 40 anos, enganavam a todos.
Subitamente uma pancada seca ecoa sob o assoalho, próximo ao lugar onde o
repórter se encontrava; outra pancada faz-se ouvir debaixo da cadeira onde ele
estava sentado, e outra debaixo da mesa. Várias pancadas começam a ser ouvidas
debaixo do piano, e próximo à porta da sala. “É tudo um truque?” pergunta o
jornalista. “Internamente”, responde Margareth. “Não é fácil enganar?”
Diante de certas perguntas do
repórter, ela responde: “Sim, sim, atinou com a coisa. É como diz, a maneira
como as juntas do pé são empregadas sem levantá-lo do chão. A capacidade de
fazer isso só pode ser adquirida pela prática iniciada quando ainda muito
jovem.”
KATE TAMBÉM FAZ SUAS DECLARAÇÕES.
Dezesseis dias após a publicação
dessa retumbante reportagem, o jornal New York Herald publicou outra, sob o
título: “A mais jovem das pioneiras dentre as médiuns vai desmascarar.”
Lendo-se esse documento jornalístico, fica-se sabendo que os espíritas, aflitos
diante das declarações de Margareth, haviam-lhe oferecido uma vultosa quantia
em dinheiro para que ela negasse o que dissera e se calasse. Mas ela,
indignada, não aceitaria o dinheiro, nem se calara.
Em resumo, as declarações de Kate
ao repórter que a entrevistou foram as seguintes: “Não me importo com o
espiritismo. No que me concerne, acabei com isso. E direi: considero-o uma das
maiores pragas que o mundo jamais conheceu… Não hesitaria um momento em
desmascará-lo. O espiritismo é fraude do princípio ao fim. E é a maior
impostura do século.”
“E quanto às manifestações de
Hydesville em 1848 e aos ossos encontrados na adega, e o mais?” pergunta o
repórter. “Tudo fraude, sem exceção”, afirma Kate.
O GOLPE DE MORTE NO ESPIRITISMO.
Finalmente, no dia 21 de outubro
de 1888, Margareth cumpriu o que vinha prometendo já há algum tempo: demonstrou
na Academia de Música de Nova York, diante de milhares de pessoas – entre elas,
centenas de homens e mulheres declaradamente espíritas -, que as batidas e toda
aquela história que marcou o início do espiritismo não tinham sido produzidas
por nenhum fantasma, e sim por elas, as irmãs Margareth e Kate Fox.
Eis a notícia que o jornal World,
de Nova Iorque, publicou no dia seguinte à demonstração de Margareth:
“Um simples tamborete ou mesinha
de madeira, descansando sobre quatro pés curtos e tendo as propriedades de uma
caixa de ressonância foi colocada diante dela. Tirando o calçado, colocou o pé
direito sobre esta mesinha. Os assistentes pareciam conter a respiração, e esse
grande silêncio foi recompensado por uma quantidade de estalidos breves e
sonoros – os tais sons misteriosos que, por mais de 40 anos, têm assustado e
desorientado centenas de milhares de pessoas, em nosso país e na Europa”.
“Uma comissão, composta de três
médicos convocados entre os assistentes, subiu então ao palco e, examinando o
pé durante o som das “pancadinhas”, concordou, sem hesitar, que os sons eram
produzidos pela ação da primeira junta do dedo grande do pé.” (Jornal World,
Nova Iorque, 22/10/1889).
O TRISTE FIM DAS IRMÃS FOX.
Em junho de 1892, morreu
Margareth Fox, viúva, solitária, moralmente degradada e afundada no vício do
álcool. Após haver declarado e provado, a falsidade do espiritismo, ela não
procurou aquele que poderia ter libertado totalmente dele: Jesus Cristo, Filho de
Deus. “Se pois o filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”, (Jo 8.36).
Margareth confessara suas transgressões, não a Jesus Cristo, mas aos seres
humanos. Após confessá-las, ela não as abandonou, como aconselha o livro de
Provérbios (28.13), quando então alcançaria misericórdia. Margareth partiu para
a eternidade trilhando caminhos sombrios.
Sua irmã Kate morreu nas mesmas
condições deploráveis: moralmente degradas e vítima do álcool.
Dias antes de sua morte, o jornal
Washington Darly Star (de 07/03/1983) descreveu-a como uma “verdadeira ruína
mental e física; essa mulher vive de caridade pública e só tem apetite para os
licores intoxicantes… Esses lábios que, hoje, só articulam banalidades,
promulgaram outrora a doutrina de uma ‘religião nova’, que ainda seus aderentes
e seus admiradores por dezenas de milhares”. Fiel é a Bíblia ao afirmar que “o
salário do pecado é a morte…” (Rm 6.23).
Quanto à Leah, a terceira das
irmãs pioneiras do espiritismo, seu fim não foi dos mais honrosos. O escritor
italiano Antonelli, no livro “Storia dello Spiritismo”, página 10, afirma que
Léia, alegando estar cumprindo ordem de um “espírito de luz” abandonou o marido
e foi viver com outro homem. Que “anjo de luz” é esse que leva os seres humanos
a praticarem as obras das trevas?
Esta história das fundadoras do
espiritismo moderno. Os líderes e doutrinadores dessas práticas condenadas por
Deus evitam fazer comentários sobre essa história, pois ela fala mais alto do
que qualquer argumento que possamos utilizar para provar que o espiritismo foi
inspirado pelo pai da mentira, (Jo 8.44).
Lamentavelmente o Brasil é o país
que possui o maior número de espíritas e praticantes de cultos de origem
africana em todo o mundo.
Portanto, sobre os ombros da
comunidade evangélica brasileira pesa a responsabilidade de evangelizar,
eficientemente, os milhões de pessoas que vivem aprisionadas por essas práticas
enganosas.
Cumpramos o Grande Mandamento
(IDE) de Jesus, segundo Marcos 16.15.
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Matéria extraída do site
www.cacp.org.br
Fonte:
http://www.kurioseditora.com.br/?secao=noticia&id=92
Foto extraída do site
portal.espiritismosul.org.br