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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

É possível identificar o espírito que fala por um(a) médium?



a Bíblia declara: hebreus 9.27
"ao homem está ordenado morrer uma única vez, vindo depois disso o juízo" 

Ao falar do valor da alma, acima do valor do corpo, Jesus declarou: “E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e corpo” (Mt 10.28).

Ora, se devemos ter cuidado com o nosso corpo, procurando sempre, quando enfermos, o melhor médico de que dispomos, não deveríamos, com muito mais atenção, cuidar da nossa alma que sobrevive à morte do corpo? Mas não é isso que tem acontecido. A maioria das pessoas não se importa com o que possa acontecer com a sua alma depois da morte. Assim, adotam certas crenças que as levarão a perder suas almas e seus corpos na geena eterna (Ap 20.15).

Evocação de mortos

Uma prática muito difundida no Brasil é a mediunidade, ou seja, a suposta comunicação entre mortos e vivos por meio de um médium. Essa doutrina é ensinada por Allan Kardec, conhecido como o codificador do Espiritismo. Os que não admitem essa doutrina declaram que, na verdade, não se trata de espíritos de mortos que se comunicam com os médiuns, mas, sim, espíritos demoníacos que se manifestam nas sessões em que se evocam os espíritos.

Allan Kardec explica como se dá a evocação dos mortos: “Em nome de Deus Todo-Poderoso, peço ao espírito de tal que se comunique comigo; ou, então, peço a Deus Todo-Poderoso permitir ao espírito de tal comunicar-se comigo... Não é menos necessário que as primeiras perguntas sejam concebidas de tal forma que a resposta seja simplesmente sim ou não, como, por exemplo: ‘Estás aí?’, ‘Queres responder-me?’, ‘Podes me fazer escrever?’” etc.(1)

Quem é quem?

Um grande problema aflige os espíritas: é possível identificar os espíritos que baixam nas sessões, evocados em nome de Deus? São eles realmente os espíritos das pessoas evocadas? Allan Kardec reconhece esse problema de grande importância para a validade da evocação. E declara: “O ponto essencial temos dito: saber a quem nos dirigimos”(2).

“O ponto essencial” é identificar o espírito que fala pelo médium. Diz mais Allan Kardec: “A identidade constitui uma das grandes dificuldades do espiritismo prático. É impossível, com freqüência, esclarecê-la, especialmente quando são espíritos superiores antigos em relação à nossa época. Entre aqueles que se manifestam, muitos não têm nome conhecido para nós, e, a fim de fixar nossa atenção, podem assumir o nome de um espírito conhecido que pertence à mesma categoria. Assim, se um espírito se comunica com o nome de São Pedro, por exemplo, não há mais nada que prove que seja exatamente o apóstolo desse nome. Pode ser um espírito do mesmo nível por ele enviado”(3) (grifo nosso).

Assim, fica claro que não se pode identificar o espírito que se manifesta para dar notícias ou instruções.

Kardec pergunta e os espíritos respondem:

“Os espíritos protetores que tomam nomes conhecidos são sempre e realmente os portadores de tais nomes?”. “Não. São espíritos que lhes são simpáticos e que muitas vezes vêm por ordem destes"(4).

Então, como fica uma pessoa convidada pelos espíritas e levada pela saudade que vai ao centro para ter notícias de seu falecido parente, por exemplo, um pai, uma mãe, irmão ou irmã? E o problema não é só esse. Ainda que o médium seja uma pessoa honesta e digna de toda confiança, quem pode afirmar com segurança que tal espírito que se manifesta por meio dele é o da pessoa evocada? Como julgar se um espírito é fulano ou beltrano, como diz ser? Pode ser que sim, pode ser que não, mas também pode ser um espírito substituto.

Allan Kardec reconhece a dificuldade e desabafa:

“A questão da identidade dos espíritos é uma das mais controvertidas, mesmo entre os adeptos do espiritismo; é que, com efeito, os espíritos não nos trazem nenhum documento de identificação e sabe-se com que facilidade alguns dentre eles assumem nomes de empréstimos” (5) (grifo nosso).

Pode-se confiar nos médiuns?

Allan Kardec declara que é duvidoso crer na honestidade dos médiuns, o que aumenta ainda mais o problema para aqueles que admitem que ele existe. “Os médiuns de mais altos merecimentos não estão isentos das mistificações dos espíritos mentirosos. Em primeiro lugar, porque nenhum médium é suficientemente perfeito para não apresentar ponto vulnerável que pode dar acesso aos maus espíritos” (6).

Espíritos levianos

O problema fica mais grave ainda quando as seguintes palavras de Kardec são levadas em consideração: “Esses espíritos levianos pululam ao nosso redor, e aproveitam todas as ocasiões para se imiscuírem nas comunicações; a verdade é a menor de suas preocupações, eis porque eles sentem um prazer maligno em mistificar aqueles que têm fraqueza, e algumas vezes a presunção de acreditar neles, sem discussão” (7)(grifo nosso).

Apreciemos mais um problema levantado por Kardec: “Um fato que a observação demonstrou e os próprios espíritos confirmam é o de que os espíritos inferiores com freqüência usurpam nomes conhecidos e respeitados. Quem pode, assim, garantir que os que dizem ter sido, por exemplo, Sócrates, Júlio César, Carlos Magno, Fenelon, Napoleão, Washington etc., tenham de fato animado essas personalidades? Tal dúvida existe até entre alguns fervorosos adeptos da doutrina espírita, os quais admitem a intervenção e a manifestação dos espíritos, porém indagam como pode ser comprovada sua identidade” (8)(grifo nosso).

As aparências enganam

De fato, os espíritos que se manifestam nas sessões espíritas se apresentam sob a aparência de espíritos puros, iluminados, “com linguagem digna, nobre, repassada da mais alta moralidade” e para enganar, como admite o próprio Kardec:

“É extremamente fácil diferenciar os bons dos maus espíritos. Os espíritos superiores usam com freqüência linguagem digna, nobre, repassada da mais alta moralidade, isenta de qualquer paixão inferior, a mais pura sabedoria transparece dos seus conselhos, que visam sempre o nosso aperfeiçoamento e o bem da humanidade. Há falsários no mundo dos espíritos como neste; não é, portanto, senão uma presunção de identidade que só adquire valor pelas circunstâncias que a acompanharam... Para aqueles que ousam perjurar em nome de Deus, falsificar uma assinatura, um sinal material qualquer não pode oferecer-lhe obstáculo maior. A melhor de todas as provas de identidade está na linguagem e nas circunstâncias fortuitas” (9)(grifo nosso).

Repete Allan Kardec:

“Pode-se colocar como regra invariável e sem exceções que a linguagem dos espíritos é sempre proporcional ao grau de sua elevação” (10).

Kardec se torna tão específico que chega a admitir que se um espírito pode “falsificar uma assinatura” pode chegar ao extremo de imitar as próprias expressões de Jesus. “Dir-se-á, sem dúvida, que se um espírito pode imitar uma assinatura, ele pode igualmente imitar também a linguagem. Isto é verdadeiro, temos visto os que assumiram afrontosamente o nome do Cristo e, para melhor enganarem, simulavam o estilo evangélico e prodigalizavam a torto e a direito estas palavras bem conhecidas: ‘Em verdade, em verdade, eu vos digo...’. Quantos médiuns tiveram comunicações apócrifas assinadas por Jesus, Maria ou um santo venerado” (11)(grifo nosso).

O cristão e o estado intermediário

Nós evangélicos cremos que a alma sobrevive e permanece em estado inteligente e consciente no intervalo entre a morte e a ressurreição do corpo. Entendemos que a alma é uma entidade consciente e inteligente que habita no corpo e que se separa do corpo por ocasião da morte física: “E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Soberano, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? E foram dadas a cada um compridas vestes brancas, e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos, como eles foram” (Ap 6.9-11, ver também Lc 12.4-5 – grifo nosso).

Algumas vezes, as palavras alma e espírito são empregadas como sinônimas para falar da parte imaterial do homem que sobrevive à morte da matéria, o corpo. Quando isso acontece, os termos alma e corpo têm o mesmo sentido. Alguns exemplos bíblicos:

“E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu” (Ec 12.7).

“E apedrejaram a Estêvão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito” (At 7.59).

Os textos de Eclesiastes 12.7 e Atos 7.59 falam da sobrevivência do espírito enquanto que Apocalipse 6.9-11 e Lucas 12.4-5 abordam a sobrevivência da alma como a parte imaterial do homem que sobrevive à morte do corpo, com consciência e inteligência - o “eu” do ser humano. “Pois qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está?” (1Co 2.11). Depois da morte física o cristão vai estar com Cristo no céu.

“Por isso estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor. Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor” (2Co 5.6-8).

“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas, se o viver na carne me der fruto da minha obra, não sei então o que deva escolher. Mas de ambos os lados estou em aperto, tendo desejo de partir, e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor” (Fp 1.21-23).

O estado intermediário do incrédulo

O incrédulo vai para o Seol-Hades (inferno), e lá permanece em estado consciente de tormento. Hades indica o lugar da alma no intervalo entre a morte do corpo e a ressurreição do corpo, e aparece dez vezes no Novo Testamento.

“E morreu também o rico e foi sepultado. E no inferno (Hades), ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado” (Lc 16.22-25).

Seol-Hades indica o lugar da alma, enquanto o corpo vai para a sepultura (em hebraico, kever, kevurah e, em grego, taphos, mnema e mnemeion). Geena indica o lugar do corpo e da alma depois da ressurreição do Juízo final.

“E, se a tua mão te escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, [geena] para o fogo que nunca se apaga, onde o seu bicho não morre e o fogo nunca se apaga” (Mc 9.43).

“Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos, e reservar os injustos para o dia do juízo, para serem castigados” (2Pe 2.9).

Espíritos malignos

Se os espíritos dos cristãos evangélicos vão para o céu (2Co 5.6-8) e os espíritos dos incrédulos, para o Seol-Hades (inferno), e lá permanecem sem poder sair (Lc 16.24-28), só há uma alternativa para o que acontece nas sessões espíritas: a presença dos espíritos malignos! Os espíritas não acreditam em demônios, mas isso não significa que eles não existem.

“Há demônios, no sentido que se dá a essa palavra? Se houvesse demônios, seriam obras de Deus. E Deus seria justo e bom, criando seres infelizes, eternamente votados ao mal?"(12).

Nomes e características de Satanás

O diabo existe! Também existem os demônios que cumprem suas ordens. A Bíblia mostra a existência e trabalho deles.

Diabo - significa sedutor, acusador dos irmãos: “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada diabo e Satanás, que engana a todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele” (Ap 12.9).

Satanás - indica que o diabo é inimigo, o grande adversário de Deus e dos filhos de Deus:

“Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar” (1Pe 5.8).

Príncipe deste mundo - Satanás governa os homens e os governos humanos: “Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência” (Ef 2.2).

Pai da mentira - a mentira é uma de suas táticas. Não é apenas o mentiroso, mas o pai da mentira: “Vós pertenceis ao vosso pai, o diabo, e quereis executar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, pois não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, pois é mentiroso e pai da mentira” (Jo 8.44).

Anjo de luz - ele se disfarça em anjo de luz por meio de seus ministros: “E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras” (2Co 11.14-15).

A Bíblia proíbe evocação aos mortos

A Bíblia é o livro, dentre outros, que nos dá a história do espiritismo. Em Êxodo ela mostra que os antigos egípcios foram praticantes de fenômenos espíritas, quando os magos foram chamados por Faraó para repetir os milagres operados por Moisés. Quando Moisés apareceu diante desse monarca com a divina incumbência de tirar o povo de Israel da escravidão egípcia, os magos repetiram alguns dos milagres de Moisés (Êx 7.10-12, 8.18).

Mais tarde, já nas portas de Canaã, Deus advertiu o povo de Israel contra os perigos do ocultismo. A mediunidade, por exemplo, era uma prática abominável aos seus olhos (Dt 18.9-12). O castigo para quem desobedecesse aos mandamentos de Deus nesse particular era a morte:

“Qualquer homem ou mulher que invocar os espíritos dos mortos ou praticar feitiçarias deverá ser morto a pedradas. Essa pessoa será responsável pela sua própria morte” (Lv 20.27, ver também Êx 22.18).

A Bíblia também indica que as pessoas com ligações com espíritos familiares e feiticeiras são amaldiçoadas por Deus:

“Não procurem a ajuda dos que invocam os espíritos dos mortos e dos que adivinham o futuro. Isso é pecado e fará que vocês fiquem impuros” (Lv 19.31).

“Se alguém procurar a ajuda dos que invocam os espíritos dos mortos e dos que adivinham o futuro, eu ficarei contra essa pessoa por causa desse pecado e a expulsarei do meio do povo” (Lv 20.6).

O rei Saul, antes da sua apostasia, quando ainda estava na direção de Deus, baniu os praticantes de várias modalidades do espiritismo (lSm 28.3-9). Mais tarde, o reto rei Josias agiu da mesma forma (2Rs 23.24-25). O profeta Isaías também se dirigiu aos antigos espíritas que vaticinavam para o povo de Israel dizendo-lhes que essa prática era inútil e detestável aos olhos de Deus:

“Algumas pessoas vão pedir que vocês consultem os adivinhos e os médiuns, que cochicham e falam baixinho. Essas pessoas dirão: Precisamos receber mensagens dos espíritos, precisamos consultar os mortos em favor dos vivos! Mas vocês respondam assim: ‘O que devemos fazer é consultar a Lei e os ensinamentos de Deus. O que os médiuns dizem não tem nenhum valor” (Is 8.19-20).

Jesus, a solução!

Caro leitor, muitos motivos e intenções têm levado as pessoas a se enveredar pelos caminhos da mediunidade. Quase sempre esse rumo é tomado pela obsessão da saudade de alguém que partiu deste mundo. Sabemos que é indescritível a dor causada pela perda de um ente querido e, de fato, a separação abrupta das pessoas que amamos resiste ao conformismo da situação, mas não existe solução para esta adversidade no espiritismo.

Jesus é e tem a solução! Cristo venceu a morte e, por isso, pôde declarar: “Eu sou a ressurreição e a vida, quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (Jo 11.25).

Para seus seguidores, a morte não é nada mais do que tirar uma linda flor do deserto e plantá-la no jardim do paraíso. Pense nisso e considere, ainda, que, além da explícita reprovação bíblica, o próprio mentor do espiritismo, Allan Kardec, demonstrou a impossibilidade de confiar que os espíritos, que se manifestam nas sessões espíritas, sejam fulano ou beltrano.

Não se deixe enganar pela emoção! Não se deixe guiar pelos seus próprios caminhos! A advertência bíblica é bem oportuna: “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele sãos os caminhos da morte” (Pv 14.12).

Comentários: Pr. w.S.N.
Texto Extraído do site www.icp.com.br
autor: natanael rinaldi  

Notas:
1 O livro dos médiuns, p. 224, edição de 1987, Instituto de Difusão Espírita.
2 O livro dos espíritos, p. 42, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
3 O que é o espiritismo, p. 318, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
4 O livro dos espíritos, p. 150, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
5 O livro dos médiuns, p. 461, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
6 O que é o espiritismo, p. 316, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
7 O livro dos médiuns, p. 402, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
8 O livro dos espíritos, p. 41, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
9 O livro dos médiuns, p. 464, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
10 O livro dos médiuns, p. 465, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
11 O livro dos médiuns, p. 464, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.
12 O livro dos espíritos, pp. 72 e 74, ALLAN KARDEC – OBRAS COMPLETAS, 2ª edição, OPUS Editora Ltda.


 

 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Merece credibilidade o Novo Testamento como documento?




(Este texto contradiz os críticos das escrituras)
A Bíblia é a palavra de Deus e o Espírito Santo conduziu através da inspiração, elaboração e preservação dos textos bíblicos.
Já ficou amplamente demonstrada a genuinidade dos evangelhos. Agora se nos apresenta outra questão: o texto que possuímos hoje é realmente aquele que saiu da pena dos evangelistas e apóstolos ou foi alterado no decorrer dos séculos? Houve interpolações, omissões ou corrupções no texto? Um documento pode ter sido genuíno, mas de nada adianta se as cópias que possuímos não refletem a mesma fidelidade no conteúdo como foi escrito. A acusação que alguns críticos geralmente fazem é que nossas cópias são corrompidas. Entretanto, o N.T é sem dúvida o documento mais bem atestado da antiguidade. Existem mais cópias do Novo Testamento do que de qualquer outro documento antigo. São mais de cinco mil manuscritos em grego e versões antigas em siríaco e outras línguas. Entre a redação de Sófocles, Ésquilo, Aristófanes e Tucídides e o primeiro códice que possuímos destes escritos, há um intervalo de 1400 anos; 1600 para Eurípedes e Catulo [...] 1.200 para Demóstenes; e 700 para Terêncio. As cópias mais antigas existentes hoje do N.T são dos séculos 2º e 3º d.C.
Todos esses achados tornam o N.T. o texto antigo mais bem documentado e atestado, quando comparado com outros escritos da antiguidade clássica.
Podemos confiar no Novo Testamento como um documento histórico?
Vê-se facilmente que se alguém rejeitar a autenticidade histórica do N.T, então deverá, por coerência, rejeitar a autenticidade histórica de todos os demais escritos antigos, pois o N.T. é, de longe, o mais bem atestado, tanto pelo número de cópias existentes como pela proximidade em anos da cópia mais antiga em relação ao original. Nenhum outro escrito sequer chega perto do N.T. nesses critérios.
As Variantes
Este é outro ponto ressaltado para diminuir a confiabilidade dos evangelhos. É que nos evangelhos existe um grande número de variantes. Será que com todas estas variantes não ficaria prejudicada a crença de que nossos textos modernos refletem o mesmo texto do original? Por terem sido produzidos em diferentes áreas e sob diferentes circunstancias, e devido aos erros de ortografia dos copistas, alguns manuscritos contêm diferenças entre si o que chamamos de variantes textuais. Bruce Metzger, uma das maiores autoridades em grego neotestamentário da atualidade, afirma que as diferenças não afetam substancialmente nenhuma doutrina cristã. Norman Geisler e Willian Nix acrescentam: “O Novo Testamento, então, não apenas sobreviveu em maior número de manuscritos que qualquer outro livro da antiguidade, mas sobreviveu em forma mais pura que qualquer outro grande livro – uma forma 99,5% pura”
Grasso cita o parecer de algumas autoridades como Amiot e Hort. Assim se expressou:
“No conjunto dos manuscritos encontram-se aproximadamente 250.000 variantes incluindo as citações dos padres antes do IV Século e das antigas traduções. A maioria delas é insignificante: referem-se somente à ortografia e à disposição das palavras Segundo Hort, 7/8 do texto estão fora de discussão. As variantes que modificam o texto abrange a milésima parte delê: somente umas 15 variantes têm certa importância; contudo, nenhuma delas toca a substancia do dogma estabelecido pelas passagens criticamente certas, sem termos a necessidade de lançar mão de textos duvidosos”.
Sendo assim, o Novo Testamento merece credibilidade como documento histórico, como obra literária e como profecia de Deus

Foto extraida da internet:  
Site do Centro Cristão Apologético de Pesquisas
Preâmbulo e conclusão feitas pelo autor do blog: 
Pr. W.S.N.
Texto extraido do mesmo site apologético: autor desconhecido.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

"ORDEM DE MELQUISEDEQUE"



Quem foi Melquisedeque e o que significa:

Segundo a “ordem de Melquisedeque”?



“(Malki-Sedeq) – Rei de Salém, e sacerdote de El Shaday (Deus Altíssimo)”.

Davi profetizou, mil anos antes do nascimento de Jesus, que o Messias seria “sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque” (Salmo 110.4). O autor de Hebreus cita esta profecia várias vezes, e explica o seu significado em relação à superioridade total de Jesus.

A “ordem de Melquisedeque” não se refere a algum tipo de sociedade secreta ou mística como a Rosa Cruz, os Maçons ou os Templários. Não é alguma organização preservada desde a antigüidade, nem uma classe de sacerdotes na igreja do Senhor. A expressão “segundo a ordem de Melquisedeque” significa que o sacerdócio de Jesus é do mesmo tipo, ou parecido com, o sacerdócio de Melquisedeque.

Melquisedeque aparece na história bíblica, e some logo em seguida. Ele era rei de Salém e sacerdote de Deus (Gênesis 14.18). Abençoou Abraão e recebeu o dízimo dele depois da vitória do patriarca contra Quedorlaomer.

As Escrituras não relatam nada sobre antepassados nem descendentes de Melquisedeque (o ponto de Hebreus 7.3). Ele servia como sacerdote antes do nascimento de Isaque, então não era descendente da tribo de Levi (um dos netos de Isaque). Era sacerdote aprovado por Deus, independente de linhagem.

Deus fez algumas coisas no Velho Testamento pensando na vinda de Jesus, e assim ajudando o povo a entender a missão de Cristo. Os comentários em Gênesis e Salmos sobre Melquisedeque mostraram a possibilidade de ter um sacerdote que não era sujeito à Lei dada aos israelitas no Monte Sinai. É exatamente isso que o autor de Hebreus nos mostra, usando Melquisedeque como tipo de Cristo.

Jesus não podia ser sacerdote no sistema dado no Monte Sinai (Hebreus 8.4). O fato de Deus ter declarado Jesus sacerdote eterno serve de prova de mudança de lei: “Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei” (Hebreus 7.14). “Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas” (Hebreus 8.6).

Salmo 110, como o autor de Hebreus bem explica, aponta para o perfeito Rei e eterno Sacerdote, Jesus Cristo. Qualquer ensinamento que procura preservar algum sacerdócio humano segundo a ordem de Melquisedeque (como fazem, por exemplo, os mórmons), age por autoridade humana, e não divina (cf. Gálatas 1.10; 2 João 9), e diminui a importância de Jesus Cristo como o eterno e suficiente Sumo Sacerdote.

Foto extraida do site: pastorhafner.blogspot.com
Bibliografia: João Batista Ribeiro Santos 
(Dicionário Bíblico Editora Templus - pag 318)
Texto Publicado: site www.cacp.org.br