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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Escatologia


Autor: Dr. W.S.N.


1. INTRODUÇÃO

O livro de Apocalipse, ou também chamado o “livro das revelações” é uma fonte inesgotável de bênçãos direcionadas ao povo de Deus, mas também trata da futura ira divina que recairá sobre todos que se desviaram Dele, desde satanás o anjo caído e seus demônios, até os homens que viveram errantes na Terra.


DEFINIÇÃO DO TERMO ESCATOLOGIA.

Escatologia deriva de duas palavras gregas: “escathos e logos”, que deve ser traduzido por “últimas coisas” e “estudo” ou “tratado”. Portanto escatologia é o estudo ou doutrina das últimas coisas.


ATENÇÃO ESPECIAL

Devemos ter o cuidado ao lermos os eventos escatológicos e não apresentarmos falsas interpretações, evitando, com isso, erros desnecessários. Deus nos adverte dizendo:

Apocalipse 22.

18 Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro;
19 E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da vida, e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro.



2. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ESCATOLOGIA


2.1 Jesus é o centro da revelação do Apocalipse;

As primeiras palavras do apocalipse são “REVELAÇÃO DE JESUS CRISTO”. (Ap. 1.1)

Cristo domina o cenário das revelações como autor e protagonista da história.

As últimas palavras do livro de Apocalipse são “AQUELE QUE TESTIFICA ESTAS COISAS DIZ: CERTAMENTE CEDO VENHO”, logo, é Cristo Jesus quem testificava àquelas coisas, então vemos no desenrolar do livro das revelações a pessoa de Jesus como centro da revelação. (Ap. 22.21).


2.2 Apocalipse é um livro profético;

O livro de Apocalipse foi transmitido ao escritor por meio de sonhos e revelações, os eventos citados nele direcionam para o futuro, na realidade o que nos parece tão óbvio foi assim exposto, porque alguns “intérpretes” e estudiosos de escatologia afirmam que os eventos do livro das revelações já ocorreram.

Esses equivocados intérpretes afirmam que a alegoria exposta no apocalipse direciona a história para trás, não utilizam exatamente essas palavras para não serem por elas refutados, mas há quem diga, que o apocalipse em parte já ocorreu, remontam equivocadamente esses eventos com a história das perseguições contra a igreja primitiva, uns dizem até que Nero o Imperador Romano foi o anticristo, descrito na bíblia.

Nessa linha de pensamento, expõem dois professores reconhecidos internacionalmente, são eles:
Marvin Meyer, professor de teologia na Chapman University, na Califórnia.
Carole R. Fontaine, PHD, professora de teologia histórica na Andover Newton Theological School, autora de 06 livros e mais de 90 artigos sobre o assunto exposto.

Não entrando no mérito das argumentações, mas simplesmente olhando para algo ainda mais claro que os textos, são as datas em que ocorreram os fatos, vejamos:
Quem afirma que os eventos escatológicos descritos remontam o passado e não o futuro esqueceu-se de citar que, João o escritor do livro de Apocalipse viveu e escreveu as revelações dadas por Jesus anos depois da morte do Imperador Nero, que segundo as argumentações deles foi o “anticristo”.

João foi exilado na Ilha de Patmos por volta do ano (95 d.C.) e segundo a tradição escreveu o livro nesse mesmo ano, ou no máximo 01 ano depois do exílio, justamente na segunda perseguição contra os cristãos, agora promovida pelo então Imperador Domiciano.

Essa perseguição não foi maior do que a promovida por Nero que morreu no dia 09 de junho 68, porém na liderança de Domiciano o império romano matou mais de 40 mil cristãos, e uma terceira perseguição que estaria por iniciar pelo Imperador Trajano, também não deixaria nada a desejar às barbáries executadas pelos seus antecessores.

Cabem aqui então algumas perguntas:
Na visão da igreja daquela época, quem desses infelizes seria o anticristo?
Na resposta da maioria seria Nero o indicado para o cargo de anticristo, pois ele foi o pior de todos, mas então, por que João escreveria uma revelação futura de algo que já havia acontecido?
Vemos claramente como essas argumentações não são dignas de crédito, então, devemos olhar essas profecias com nossos olhos fitos no futuro e no presente, pois elas já começaram a se cumprir e graças a isso, podemos dizer maranata “Ora vem Senhor Jesus”.
2.3. Igreja – alvo da revelação divina.

Toda a revelação aponta para o futuro. O futuro consiste num plano traçado por Deus para que a Igreja caminhe neste mundo “pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, gloriando-se na esperança da glória de Deus”, (Rm. 5.2).

Argumentando o fato de nós sermos alvo da revelação divina, o apóstolo Paulo escreveu aos Efésios dizendo que Deus “nos elegeu antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele. Em amor nos predestinou para sermos filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade”, (Ef. 1.4,5). Somente aqueles que são santos e filhos de Deus é que têm o privilégio de ter a revelação das coisas que em breve hão de acontecer.

Quem conhece a revelação sabe que o mundo irá de mal a pior, mas não se desespera. E o Senhor Jesus profetiza: “homens desmaiarão de terror, na expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo... e quando estas coisas começarem a acontecer, fiquem firmes e levantem a cabeça, pois a vossa redenção está próxima, (Lc. 21.26,28).



3. OS QUATRO TIPOS DE ESCATOLOGIA.

De acordo com o Dicionário Teológico da C.P.A.D, existe uma lógica sistemática da escatologia, apresentando assim 04 formas distintas de doutrinas.

3.1. Escatologia consistente;

Termo nascido com Alberto Schweitzer, segundo o qual a ações e a doutrina de Cristo, tinha um caráter essencialmente escatológico.

Nesse ponto de vista concordamos e ainda argumentamos que os atos de Cristo e suas palavras serviam de exemplo a ser seguido no presente, para que no futuro se manifestasse a glória da redenção, independendo dos sofrimentos ocorridos no presente.


3.2. Escatologia idealista;

Os adeptos dessa doutrina dizem que o livro de Apocalipse e suas revelações são meras fantasias ou utopias e serviriam apenas de estimulo para as dificuldades presentes.


3.3. Escatologia individual;

Estudo das últimas coisas que dizem respeito exclusivamente ao indivíduo, tratando de sua morte, estado intermediário, ressurreição e destino eterno. Neste contexto, nenhuma abordagem é feita, quer a Israel, quer a Igreja.


3.4. Escatologia realizada.

Ponto de vista defendida por C.H. Dodd, segundo o qual as previsões escatológicas das Sagradas Escrituras foram cumpridas nos tempos bíblicos.

Dentre essas 04 doutrinas, a única que nos posicionamos a favor é a “escatologia consistente”, todas as demais são doutrinas meramente filosóficas, pois se tratadas como ciência e questionadas a luz da razão, da lógica e dos fatos, são facilmente refutadas com simples argumentos, não é necessário ser um teólogo para desconsiderar tais opiniões.


4. AS SETE DISPENSAÇÕES.




As sete dispensações são:


4.1 – Dispensação da Inocência;

Seu início deu-se na criação e findou-se na queda de Adão. O tempo não é revelado.


4.2 – Dispensação da Consciência;

Esta dispensação começou em (Gn. 3) e durou cerca de 1656 anos: de zero (0 ) a 1656 a.C., abrangendo o período desde a queda do homem até o dilúvio; (Gn. 7.21,22).


4.3 – Dispensação do Governo Humano;

Esta dispensação começou em (Gn. 8.20) e durou cerca de 427 anos. Desde o tempo do Dilúvio até a dispersão dos homens sobre a superfície da terra, sendo consolidada com a chamada de Abraão; (Gn. 10.15; 11.10-19;12.1).


4.4 – Dispensação Patriarcal;

Teve início com a Aliança de Deus com Abraão, cerca de 1963 a.C., ou seja, 427 anos depois do dilúvio. Sua duração foi de 430 anos; (Gl. 3.17; Hb. 11.9,13). A palavra chave é PROMESSA. Por meio desta dispensação, Abraão e seus descendentes vieram a ser herdeiros da promessa.


4.5 – Dispensação da Lei;

Ela teve início em (Êx. 19.8), quando o povo de Israel proclamou dizendo que “tudo que o Senhor falou, faremos.” Sua extensão é de 1430 anos. Do Sinai ao Calvário; do Êxodo à cruz.


4.6 – Dispensação da graça;

Esta dispensação começou com a morte e ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo e terminará em plenitude com o arrebatamento da Igreja; porém, oficialmente falando, seus efeitos continuarão até (Ap 8.1-4).


4.7 – Dispensação do Reino.

Esta dispensação terá, de acordo com a própria escritura, a duração de 1.000 anos; (Ap. 20.1-6). É também chamada de a dispensação do Governo Divino.

Esta dispensação é algo para o futuro, logo após o julgamento das nações descrito em (Mt. 25.31-46), e antes do Juízo do Grande Trono Branco.

É neste ponto, é que se encontra a essência do entendimento do campo da escatologia bíblica, ou seja, compreender o que Deus traçou para o futuro da Igreja, Israel e dos gentios.

Esta última dispensação, que é a juntura do presente século e do vindouro, fornece um nítido exemplo de sobreposição das dispensações, isto é, que às vezes há um período transitório entre uma e outra.


5. HERMENÊUTICA ESCATOLÓGICA.

Hermenêutica é a ciência da interpretação, ou seja, é a forma ou arte de interpretar determinados assuntos, como no caso presente, abordaremos as formas possíveis para desvendar o real sentido dos textos do Apocalipse.


5.1. Método idealista. (simbólica ou espiritualizante);

Segundo os defensores desta teoria, os textos apocalípticos são meras conjecturas, as quais, são totalmente desligadas dos textos e da realidade, ou seja, em termos mais simples, os textos seriam uma simples lenda.


5.2. Método alegórico;

O termo alegoria é definido, por alguns teólogos, como qualquer declaração de fatos supostos que admite a interpretação literal, mas que requer, também, uma interpretação moral ou figurada. Se não atentarmos para o sentido real, figurado ou literal, de uma profecia bíblica, negamos o seu valor histórico, dando uma interpretação de menos importância, e assim corremos o risco de anular a revelação de Deus naquela profecia.
Portanto, o método alegórico deve ser utilizado de maneira correta. Leia Gl. 4.21-31 e observe que Paulo tomou figuras ilustradas no texto com focos literais da antiga dispensação, mas apresentou-os como sobras de eventos futuros.


5.3. Método literal ou textual;

Esse tipo de interpretação requer o maior cuidado, pois Jesus revelava a João eventos reais, porém futuros, e o escritor tentava explicar o que via, dando vida as visões sem nunca ter visto algo semelhante, na verdade o que ele estava tentando fazer, por exemplo, esclarecer com suas palavras uma guerra entre nações, onde aviões de guerra, helicópteros bombardeavam determinada região, então como que João sem nunca ter visto algo semelhante esclareceria isso de forma fácil?
É claro que ele teve dificuldade e da mesma forma nós, para entendermos literalmente, devemos “entrar” na cabeça do escritor para compreender na íntegra esses fatos, isso não é uma tarefa fácil e digo mais, se não for o Espírito Santo nos revelar, jamais conseguiremos tal feito sem cometer um ou vários equívocos.

Indicamos muito cuidado nesse tipo de interpretação, com certeza, se elas fossem reveladas a nós nos nossos dias seria uma tarefa mais simples, mas com certeza não foi para João.

Há também que se pensar, pois determinados textos do Apocalipse onde fala de “selos”, “rolos” e outras citações, que faziam parte do contexto da cultura judaica, então nesse aspecto ficava bem mais fácil para João descrever e compreender, mas que para nós ocidentais, requer um pouco de trabalho em estudos extra escatológicos para compreendermos o que João escreveu.


5.4. Método preterista ou do passado;

Com esse método, considera-se que os textos escatológicos referem-se à luta do cristianismo contra o Império Romano.

Quanto a esse método, nós já comentamos a respeito no item (2 – 2.2.).


5.5. Método futurista;

Essa interpretação compreende que os textos do Apocalipse em sua maioria referem-se ao tempo da vinda Senhor Jesus e dos últimos acontecimentos com a humanidade e a Terra, até porque temos poucas alusões de como será a eternidade, sabemos sim, que viveremos plenamente para o louvor do Senhor em descanso eterno, onde jamais haverá dores.

Essa interpretação é amplamente mais aceita.


5.6. Método misto ou composto.

Diante dos métodos acima expostos, ainda há quem sustente outras posições, inclusive tomamos a liberdade em citar uma compreensão particular, qual seja:
Como o nome diz, o método misto é composto por mais de um tipo de método, sendo este então, a reunião em partes do método literal junto com o futurista.
No nosso entender, é impossível compor alguns métodos acima estudados, mais é plenamente plausível reunirmos em um só método, a figura literária junto com a futurista, porque entendemos que João não visualizou enigmas, nem lendas, mas na verdade, o que ele viu e ouviu eram figuras literárias exatas, mas como já dissemos, ele não teve como descrever esses eventos de forma que pudéssemos compreendê-los hoje no século XXI. No entanto, João descreveu coisas futuras, excetuando os 03 primeiros capítulos, todos os demais eram claramente profecias. As literaturas do Apocalipse nos tempos de João serviram de grande estimulo para os mártires de sua época e para a Igreja recém formada.

Diante desses métodos, adotaremos o clássico e mais aceito entre os estudiosos pentecostais, que é o método futurista e assim, todo o conteúdo abaixo exposto seguirá essa linha de interpretação.


6. LIVRO DO APOCALIPSE – OBRA LITERÁRIA

O livro estudado não é uma obra literária exclusivista ou inédita no tocante a sua forma.
O livro de Apocalipse está inserido em um determinado tipo de literatura, no qual, chamamos de literatura apocalíptica.
É inegável seu ineditismo ou exclusivismo quanto ao conteúdo, pois Deus reservou revelar esse Livro somente ao Apóstolo João, seu grande amigo, diga-se de passagem, segundo a bíblia João era um dos melhores amigos de Cristo, porém, em se tratando de forma literária, o Livro das Revelações faz parte de um tipo de escrita muito comum nos tempos do Antigo Testamento.
Há relatos de muitos outros livros conterem o mesmo formato literário, mas é claro que o único inspirado por Deus foi este revelado a João.
Interessante destacarmos, que os livros do Novo Testamento para serem considerados inspirados, respeitaram algumas exigências importantes, uma delas e a única que falaremos no momento, é a aceitação de obras escritas por pessoas que viveram na época de Cristo ou mesmo que foram testemunhas oculares da maioria dos eventos ou atos de Jesus ou também de seus discípulos diretos, como é o exemplo de Paulo.
Dessa forma, a única obra literária apocalíptica que respeitou esse requisito foi o Livro do Apocalipse, além disso, não é necessário comentarmos a veracidade dos escritos, pois os fatos aí descritos estão sendo vivenciados por nós diariamente.
Exemplos de literaturas apocalípticas, ressaltando que muitas delas não foram obras divinamente inspiradas.

a) Antes de Cristo:

Daniel, Livro dos Jubileus, 1 Enoque, Os Testamentos dos Doze Patriarcas, Oráculos Sibilinos, Os Salmos de Salomão, A Obra Zadoquita, etc.


b) Depois de Cristo:

Assunção de Moisés, 2 Enoque, A Vida de Adão e Eva, 2 (4) Esdras, Apocalipse de Baruque, Ascensão de Isaías, Apocalipse de Abraão, Testamento de Abraão e o próprio Apocalipse.

Reforço a máxima, que muitas dessas obras inclusive não estão ligadas em nada às pessoas que formam seu título, são apenas obras enigmáticas, lendárias, mas em sua forma escrita se parecem com o Livro do Apocalipse.



7. DIVISÕES DO LIVRO DO APOCALIPSE.

Seguiremos nesse momento as lições dadas pelo saudoso e ilustre Professor Henry H. Halley em uma das suas obras mais expressivas.

Segundo nos ensina, o Apocalipse constitui-se de (03) partes, são elas:

7.1. Capítulo 1: “João recebe a ordem para escrever o que viu”;

João escreveu fatos que já tinham acontecido, incluindo sua visão a respeito de Jesus Cristo.


7.2. Capítulos 2 e 3: “João recebe ordem para escrever coisas presentes”;

Esses capítulos são direcionados às Igrejas da Ásia Menor, região da atual Turquia, onde João descreve a situação atual de cada igreja, mas essas descrições são entendidas também como prefigurações da história da igreja no tempo e no espaço, inclusive pode ser entendida como figuração de determinados tipos de cristãos.


7.3. Capítulos 4 – 22: “João escreve as revelações que irão acontecer”.

Esses capítulos abrangem eventos que ainda serão revelados a partir do fim da era da igreja, (vide dispensações acima), concluindo-se com o estabelecimento do novo céu e da nova terra. (Ap. 21. 1-27).


8. VISÃO ANALÍTICA DOS 05 PRIMEIROS CAPÍTULOS DO APOCALIPSE.


8.1. Capítulo 1.

a) Revelação de Jesus Cristo e o que em breve há de acontecer . (v. 1);

b) Feliz aquele que lê as palavras desta profecia. (v. 3) ;

c) Aquele que é, que era e que há de vir. (v. 4);

d) Cristo, o Soberano dos reis da Terra. Aquele que os libertou por meio do seu sangue. (v. 5);

e) A Ele sejam glória e poder para todo o sempre. (v. 6);

f) Ele vem nas nuvens. (v. 7);

g) A saudação às sete igrejas da Ásia. (v. 4-8);

h) Cristo no meio das igrejas. (v. 9-20);

Dia do Senhor (v. 10) = DOMINGO, os cristãos se reuniam no domingo em comemoração ao dia da ressurreição de Jesus, então essa expressão “dia do Senhor” era o domingo.
Aos críticos de plantão, mas conhecidos como sabatistas, que dizem que o sábado é o dia consagrado por Deus para o descanso, aqui está à resposta, a maioria dos discípulos guardavam o sábado por força da Lei e da tradição, mas o domingo era o dia de festa, dia de comemorar a ressurreição do nosso Salvador.

No Espírito (v. 10), é provável que João foi contagiado por completo em todos os seus sentidos pelo Espírito Santo.
i) A visão de Cristo (v. 13-18), João em uma visão vê Jesus glorificado por completo.


8.2. Capítulo 2.

a) Cartas às sete igrejas (2 e 3)

O caráter das igrejas:

Duas eram muito boas: Esmirna e Filadélfia, estas eram compostas por pessoas simples e sofriam perseguição;

Duas eram más: Sardes e Laodicéia, estas pareciam abrigar as classes mais dominantes, nominalmente eram cristãos, mas serviam ao paganismo no seu estilo de vida;

Três eram parcialmente boas e más:

Éfeso era doutrinariamente ortodoxa, mas havia deixado o primeiro amor;
Pérgamo era fiel ao nome de Cristo, mas tolerava a heresia;
Tiatira era zelosa, mas tolerava a heresia de Jezabel.

b) Carta a Éfeso (v.1-7).

Éfeso era uma grande metrópole e um grande centro comercial da Ásia Menor, o Templo de Ártemis em Éfeso era uma das sete maravilhas do mundo antigo.
Nessa cidade talvez houvesse centenas de pequenas congregações sem uma liderança centralizada, cada igreja tinha seu líder, porém eram unidas como Corpo de Cristo.

Aquele que tem as sete estrelas em sua mão direita (v. 1).
Nessa citação as sete estrelas são emblemas de poder, talvez essa mensagem dirigidas às igrejas fosse um alerta do crescente orgulho e prestígio demasiado.

Os falsos apóstolos (v. 2).
É provável que esses falsos apóstolos fossem homens que se revestiam de autoridade, ou até mesmo permissão para ensinar, mas eram lobos vestidos de cordeiro, estes faziam grandes esforços para unir a fé legítima com a idolatria e a imoralidade.

Você abandonou o seu primeiro amor (v. 4,5).
Jesus os advertiu com essa mensagem, porque apesar do zelo com a obra, eles estavam se tornando indiferentes ao real significado da união eclesiástica, que é o genuíno amor.

Nicolaítas (v. 6).
Seita herética, cujo nome deriva do diácono Nicolau de Antioquia, condenados por essa mensagem, pois segundo a tradição, esses homens eram adeptos dos sacrifícios aos ídolos e admitiam a fornicação.

A árvore da vida (v. 7).
Essa árvore é mencionada na bíblia no Livro de Gênesis (3. 2,22,25), após a queda de Adão Deus ordena que anjos resguardem o contato do homem com essa árvore, pois se fosse possível na condição pecaminosa comer da árvore da vida, os homens viveriam eternamente nunca morreriam, porém estariam em eterna submissão ao pecado.
No Livro das Revelações, vemos novamente a menção dessa árvore, mas Deus dará o direito de comer o fruto dela somente aos salvos e redimidos do pecado, então teremos a porção da eternidade, porém sob a submissão da pureza inicial, assim como na obra da criação.

c) Carta a Esmirna (v. 8-11)

Na mensagem dirigida a essa igreja, Cristo não transmite nenhuma crítica, mas somente palavras de consolo.

Esmirna
Ficava localizada no litoral oeste da Ásia Menor e era famosa pela ciência, medicina e pela arquitetura, também era um grande centro comercial e tinha um grande ancoradouro que servia de rota comercial. Hoje essa cidade é a atual Izmir, na Turquia.

Que morreu e tornou a viver (v. 8).
Essas palavras eram um encorajamento para as perseguições que estavam sofrendo, lembrando-os que mesmo que fossem martirizados eles tornariam a viver assim como Cristo em sua ressurreição.

Conheço a blasfêmia dos que dizem ser judeus e não são (v. 9).
A igreja de Esmirna experimentava perseguição externa e interna, muitos judeus se infiltravam na igreja criando confusões doutrinarias nos membros, buscando formar adeptos do judaísmo messiânico, na realidade eles tentavam enxertar as práticas da circuncisão e outros costumes.
Paulo em sua carta aos Romanos advertiu sobre tais ensinos, essa carta não foi dirigida exatamente aos irmãos de Esmirna, mas sim para os cristãos de Roma, porém ilustra bem esses falsos mestres fingindo-se cristãos que praticavam os atos da Lei e da primeira aliança. “Judeu é quem o é internamente, e circuncisão é a operada no coração, pelo Espírito. (Rm. 2. 29).

Perseguição durante dez dias. (v. 10).
Essa perseguição pode ter sido a promovida pelo Imperador Trajano, que atingiu em especial Esmirna por ter martirizado o Bispo Inácio, ou também pode ter sido uma prefiguração das dez perseguições imperiais.

A coroa da vida. (v. 10).
Bem sabemos, que essas promessas tanto serviram pessoalmente para o corpo da igreja, como individualmente a cada cristão da época, como também serviram de prefiguração de algo futuro que ocorreria, pois então, quando a promessa a essa igreja dizia respeito “ao que vencer será dado a coroa da vida”, mais adiante, “de modo nenhum sofrerá a segunda morte”. (v. 11; 12. 8), foi exatamente o que ocorreu, pois Esmirna resiste firme até os dias atuais, sendo uma das únicas cidades da região da Ásia Menor que não sofreu colapso em sua estrutura social, ainda hoje, ela é a maior cidade da região com 1,7 milhões de habitantes.

d) Carta a Pérgamo. (v. 12-17).

Pérgamo era a capital do antigo reino grego de Pérgamo, como centro da filosofia da região essa cidade rivalizava com Alexandria nas ciências e na cultura. Alexandria proibiu a importação do papiro usado para a divulgação da escrita, Pérgamo aproveitando essa proibição inventou o pergaminho que também servia para a divulgação das artes, da escrita e da cultura.
A igreja de Pérgamo era fiel ao Senhor, mas tolerava os falsos mestres também, permaneceu firme até que necessitou enfrentar o martírio.

Onde satanás habita. (v. 13).
Pérmano era o centro da adoração ao imperador, existia um templo erigido a César e para vários outros “deuses divinos”, a influência da cultura grega e os costumes de adorar deuses da mitologia era comum nessa cidade.

Os ensinos de Balaão. (v. 14).
A igreja de Pérmano estava cheia de crentes convertidos e muitos outros que não eram convertidos genuinamente e infiltrados na igreja, apregoavam os costumes local, que eram as práticas pagãs do culto a sexualidade e isso eram feitos por meio de práticas de orgias. Em (Nm. 25 e 31.16), vemos o povo de Israel se entregando as práticas semelhantes com as mulheres moabitas, resultado do conselho dado por Balaão aos Moabitas.

O maná escondido. (v. 17).
A promessa aos vencedores é o maná escondido, que pode ser o fruto da árvore da vida.

e) Carta a Tiatira. (v. 18-29).

Tiatira foi uma cidade de porte médio aos padrões da época e da região, os achados arqueológicos sugerem ter sido ela um centro comercial abundante, mas ela em si não representou nenhum papel relevante na história eclesiástica.

Jezabel?
Como igreja, o corpo em Tiatira também seguiu os padrões da cidade, não tendo nenhuma grande relevância para a história, mas referência a Jezabel a esposa maligna de Acabe (1 Rs. 16), significava que ela era devota da deusa Diana que nos dias de Tiatira era adorada como Ártemis, inclusive na cidade existia um templo magnífico dirigido a deusa Ártemis ou Diana. Isso talvez tenha influenciado muitos cristãos chegando ao ponto de Deus alertar na sua revelação essa ligação do nome Jezabel com a igreja de Tiatira.

Os profundos segredos de satanás. (v. 24).
Os ensinos de Jezabel, conforme acima citados também eram chamados de “os profundos segredos de satanás”.

A estrela da manhã. (v. 28).
Promessa para aqueles que vencessem, também seria dada a estrela da manhã, segundo a bíblia em diversas referências, Cristo é a estrela da manhã.


8.3. Capítulo 3.


a) Carta a Sardes. (v. 1-6)

Sardes era famosa pelas suas artes e artesanatos e foi o primeiro centro a cunhar moedas de ouro e de prata da região.

Jamais apagarei o seu nome do livro da vida. (v. 5)
A igreja em Sardes era apenas cristã no nome, mas havia uns poucos cristãos que não contaminaram suas “vestes”, Deus então se revela a estes poucos fiéis dizendo que jamais apagaria seus nomes do Livro da Vida.
Isso significa que apesar da corrupção geral da igreja, todos os que permanecessem fiéis não seriam punidos pelos erros dos outros infiéis, e essa lição serve para nós atualmente, a igreja de Cristo como assembléia ou reunião de pessoas mudou drasticamente de anos atrás para os dias atuais, mas ainda existem uns poucos fiéis que não contaminam suas vestes com coisas alheias e a palavra é bem clara, o Próprio Deus nos reserva grandes bênçãos e a maior delas é ter o nome escrito no Livro da Vida.

Carta a Filadélfia. (v. 7-13).

Filadélfia foi uma cidade da Lídia, construída sobre um ponto estratégico de guerra, visto que das cidades circunvizinhas ela foi a ultima a ser conquistada em batalhas.

A carta dirigida à igreja da Filadélfia não contém nenhuma repreensão, o próprio nome significa amor fraternal, por isso, Deus demonstrou o intuito de guardá-la.


Carta a Laodicéia. (v. 14-22).

Laodicéia era uma cidade muito rica e foi fundada por Alexandre II, por volta de 261 a.C.
Era um grande centro comercial, visto que havia desenvolvido praticas bancárias.

A igreja de Laodicéia era materialmente prospera, mas em termos espirituais era morna.

Vomitá-lo da minha boca. (v.16).
Essa expressão de Deus a essa igreja retrata uma grande desaprovação dessa mornidão, visto que Deus requer dos seus fiéis total diligência ou então, é “melhor” se entregar as práticas do pecado.



8.4. Capítulo 4.

Uma visão do trono de Deus.
O capítulo 4 retrata uma diferença relevante entre os capítulos anteriores e segundo os intérpretes futuristas, entendimento também deste conteúdo teológico, é na cronologia destes eventos que a igreja é arrebatada.
Também nos capítulos anteriores a igreja é mencionada 16 vezes, mas a partir daqui a igreja só volta ser mencionada nos textos escatológicos na batalha do Armagedom, nas Bodas do Cordeiro, no Milênio e na eterna Cidade Santa, a Nova Jerusalém.

Diante dos fatos a visão do trono de Deus revela ao coração João e da igreja, que tudo que está ocorrendo nestes fatos visionários estão sobre a coordenação do Deus Todo Poderoso.

Desde então, João estava direcionando claramente sua visão aos acontecimentos presentes e futuros, porém terrenos, mas a partir deste capítulo o roteiro muda e João começa enxergar os acontecimentos celestiais, o primeiro deles é a visão acima mencionada, João vê o trono de Deus.

ARREBATAMENTO

Didaticamente apresentaremos o evento do arrebatamento inserido no contexto deste capitulo, para que o entendimento da cronologia dos eventos escatológicos sejam mais claro para todos os leitores.

Apesar do capitulo 04 do Apocalipse não fazer menção do arrebatamento, de acordo com a visão da maioria dos estudiosos pentecostais, a probabilidade é que o arrebatamento ocorrerá antes da grande tribulação que mais abaixo estudaremos.

Há 03 principais entendimentos sobre o arrebatamento são eles:

8.4.1. Interpretação pré tribulacional.

De acordo com esse entendimento, a igreja será arrebatada antes da grande tribulação, que será seguida do milênio, para então, ocorrer o grande julgamento final.

Esse é o entendimento que discorreremos até o final deste estudo, mas a titulo de compreensão do tema estudado falaremos em suma das demais posições.


8.4.2. Interpretação meso tribulacional.

Alguns intérpretes dessa teoria, advogam a idéia na qual a igreja será arrebatada durante a tribulação, ou seja, iniciada os eventos da grande tribulação Cristo viria buscar sua igreja.

Essa teoria é a mais discutível de todas, não merecendo muitos comentários, mas as grandes discussões estão nas outras duas teorias.



8.4.3. Interpretação pós tribulacional.

Os intérpretes dessa teoria sobre o arrebatamento entendem que a igreja passará pela grande tribulação, sendo arrebatada por Cristo somente após esses eventos.

São notáveis as argumentações dessa teoria, pois, grandes pensadores advogam essa idéia, mas o principal nesse nosso estudo não é desmerecer idéias, mas sim formar uma base pensadora das idéias principais e dos seus eventos, para depois, cada um no seu estudo particular acrescentar ao seu entendimento opiniões pessoais.

Portanto, manteremos nossa linha de raciocínio para formarmos e aclararmos as idéias principais, nem tanto sobre a cronologia dos fatos, mas sim, sobre promessas aos salvos (nós), e para os condenados.

Entendemos dessa maneira, pois é mais fácil sustentar uma idéia já existente, do que quando ainda não se tem formado o entendimento dos conceitos mais básicos do assunto e após tais compreensões, é saudável e possibilidade do olhar mais aprofundadamente para as outras idéias.


Diante destas palavras iniciais, tornaremos a nos aprofundar no entendimento principal desse estudo, somente lembrando, entendemos que na cronologia dos fatos, a igreja será arrebatada antes da grande tribulação, tomo a devida liberdade em dizer que visto a obscuridade quanto ao exato momento do arrebatamento, não estamos afirmamos que esse entendimento seja irrefutável, mas apesar disso, ao nosso entender ficou mais claro diante dos textos bíblicos em geral nossa linha de pensamento, na qual passaremos a expor e usaremos as lições trazidas na obra já citada acima :

Uma característica singular que identifica a Igreja fiel é o sentimento de constante expectativa que a domina no tocante ao retorno de Cristo. E ela sabe que não ficará neste vale de lágrimas. Os crentes sabem que o arrebatamento é uma realidade que lhe diz respeito.

A definição da 2ª vinda de Cristo é bastante ampla; é vista pelo menos de duas maneiras diferentes.
E localizada, às vezes, para indicar o drama dos tempos do fim, abrangendo tanto o arrebatamento da Igreja quanto a revelação de Cristo em glória no Monte das Oliveiras; (Zc. 14.4). Outras vezes, é enfocada especificamente para diferenciar a revelação de Cristo do arrebatamento da Igreja que a antecederá.

Existem usualmente três palavras que todos nós usamos para explicar tão maravilhoso fenômeno.

a) Arrebatamento; (1 Ts. 4.17).

b) Trasladação; Na carta aos hebreus vemos Enoque, um símbolo da Igreja.

c) Rapto. Palavra latina, RAPERE; significa transportar de um lugar para outro. Equivale ao grego: ARPAZO, usado em (Jo. 10.28,29); (At.8.39), etc.


Propósitos do Arrebatamento

a) Livrar os embaixadores do Rei do perigo iminente; (2Co. 5.20); (Ap.3.10); (I Ts. 1:10).

b) Recompensar a Igreja de Cristo, mediante a outorga de galardões, no soleníssimo Tribunal de Cristo; (2 Co. 5.10).

c) Conduzir a Igreja às Bodas do Cordeiro, que se dará em seguida ao Tribunal e, enquanto na Terra ocorrerá a Grande Tribulação.

d) Introduzir a Igreja no Reino da Glória e imortalidade, conforme o desejo expresso por Jesus; (Jo. 14.3).


A trombeta do arrebatamento

O toque da trombeta no dia do arrebatamento se relaciona com o alarido e a voz do arcanjo. O alarido significa originalmente uma expressão militar, uma voz de comando. Nesse dia ouvir-se-á a voz do ARCANJO. Como se sabe, a palavra ARCANJO significa chefe de anjos. Certamente a voz do ARCANJO será para comandar os anjos, que se oporão às hostes demoníacas instaladas nos ares, abrindo caminho para o povo de Deus que estará sendo arrebatado.

Visto que, em (Mt. 24.30,31) encontramos os anjos a recolher os eleitos, logo após ser proferida a lamentação por todas as nações, alguns serão levados a pensar que a Igreja não será arrebatada até Cristo haver destruído os exércitos do anticristo. Ora, devemos considerar, porém, que o (cap. 24) de Mateus não apresenta os eventos em ordem cronológica. Jesus não tinha qualquer intenção em revelar o dia ou a hora de sua vinda. A palavra então, no início de (Mt. 24.30), traduz um vocábulo grego de sentido muito geral (tote), dando a entender que os acontecimentos ocorrerão todos dentro do mesmo período de tempo, mas não necessariamente na ordem apresentada.


Fatos ligados ao arrebatamento

Quando Cristo vier para buscar a Igreja, ocorrerão duas coisas na terra, por ocasião desse evento:

1) Ressurreição dos mortos crentes. Em (1 Ts. 4.14), diz que Cristo trará em sua companhia os espíritos daqueles que dormem no Senhor, e Ele ficará parado nas nuvens, enquanto os espíritos continuam descendo a procura de seus corpos a serem ressuscitados em um corpo glorioso. (1 Ts. 4.16).

2) Transformação dos vivos. Após a ressurreição dos mortos crentes, segue-se a transformação dos vivos que estiverem preparados para aquele momento; (1 Co. 15.52);


Os 24 anciãos. (v. 4).
A maioria dos interpretes considera os 24 anciãos como sendo a totalidade do povo de Deus, representada pelos 12 patriarcas de Israel mais a soma dos 12 apóstolos.

Relâmpagos, vozes e trovões. (v. 5).
Essa expressão denota a majestade do poder de Deus.

Os 4 seres viventes. (v.6-11).
Esses seres viventes podem ser, visto que não é uma expressão clara de quem eles sejam, mas podem ser formados pelas 4 classes hierárquicas dos seres angelicais, os anjos, arcanjos, querubins e serafins.


8.5. Capítulo 5.

A palavra rolo selado, tema principal deste capítulo, nos nossos dias parece obscuro o seu entendimento, mas para a cultura judaica da época seria claro a sua compreensão, qual seja:

a) Quando um judeu devia uma quantia monetária a outro judeu, seja bens ou demais utensílios de valor, a forma de garantir o cumprimento desta obrigação seguia um tramite comum a época, onde o credor e o devedor se dirigiam a seus lideres e formalizavam um documento, mais conhecido como rolo.

b) Depois de formalizado o rolo documentando o valor da dívida e a possível forma de quitação, o mesmo era selado tendo por testemunhas 7 homens, os quais, cada um selava com seu próprio selo indicando ser testemunha do ato.

c) As possíveis formas de quitação da obrigação eram o pagamento da dívida realizada pelo devedor ou então, o cumprimento desta obrigação por um terceiro capacitado para tal fim.
Quem cumprisse a obrigação tinha o direito de resgatar o rolo mediante a presença das mesmas testemunhas, desatando selo por selo, tornando com este ato o resgate do credito.

Essa atitude mencionada no texto do Apocalipse era de fácil entendimento para a igreja, pois a grande maioria dos cristãos tinha contato com a cultura judaica e com tais praticas, além disso, esse texto prefigura Cristo como sendo o único Ser capaz de pagar nossa dívida no reino espiritual, resgatando das mãos das testemunhas o rolo no qual estava escrita a nossa dívida, mas agora quitada por Ele através do seu sangue.


9. SIGNIFICADO DE ALGUNS SÍMBOLOS DESCRITOS NO APOCALIPSE.

7 selos.
Os selos apresentam uma seqüência provável da cronologia dos eventos da tribulação.

Esses selos apresentam uma seqüência semelhante se analisadas com os versículos de Mateus 24.


a) Primeiro selo. (v. 1, 2), (Mt. 24. 3-5);

O cavalo branco e seu cavaleiro provavelmente representam neste versículo o anticristo, pois a partir desses símbolos veremos satanás tentando imitar Cristo e alguns de seus sinais.
No verso citado de Mateus vemos Deus advertindo a igreja sobre aqueles que viriam dizendo ser o Cristo, mas na realidade seriam falsos os seus sinais.


b) Segundo selo. (v. 3, 4), (Mt. 24. 6);

O cavalo vermelho, cor de fogo provavelmente representam as guerras e a falsa paz.
No verso citado de Mateus vemos Deus advertindo sobre guerras e rumores de guerra.


c) Terceiro selo. (v. 5, 6), (Mt 24. 7);

O cavalo preto e seu cavaleiro provavelmente representam a fome.
No verso citado de Mateus vemos Deus advertindo que haverá fomes.


d) Quarto selo. (v. 7, 8), (Mt. 24. 7-8);

O cavalo amarelo provavelmente representa a morte resultado da presença do anticristo, das guerras e da fome. Isso ainda será o principio das dores.
No verso citado de Mateus vemos Deus advertindo que tudo isso será o inicio das dores.
e) Quinto selo. (v. 9, 11), (Mt. 24. 9-13);

A visão dos mártires provavelmente representa a perseguição que será travada contra os que não aceitarem o governo do anticristo.
No verso citado de Mateus vemos Deus advertindo que eles os entregarão para ser perseguidos e condenados a morte.


f) Sexto selo. (v. 12, 17), (Mt. 24. 29);

Este selo contém os acontecimentos que abalarão a natureza.
No verso citado em Mateus os acontecimentos seguem a mesma direção.


g) Sétimo selo. (cap. 7).

Este selo aparentemente é um interlúdio, ou seja, este selo da o segmento nos próximos acontecimentos.


Os 144 mil.
Outro grande desafio na escatologia é a real afirmação de quem seriam estes 144 mil, mas as duas visões mais amplamente aceitas são de que eles seriam literalmente 12 mil judeus de diversas partes do mundo que não aceitaram o governo do anticristo somados de cada uma das 12 tribos de Israel.
A outra interpretação aceita é que este numero seja simbólico, porém, representando a totalidade das 12 tribos mais os 12 apóstolos que juntos figuram a união no período da tribulação dos judeus e dos cristãos que se converterão neste período e farão juntos guerra contra o governo do anticristo.


As Sete Trombetas.
Com o final do ultimo selo dar-se-á o inicio das terríveis sete trombetas, sendo que, as três últimas são representadas por “ais”.
Da mesma forma que os selos representam a grande desolação do período da grande tribulação, as sete trombetas também fazem menção ao caus deste período.


O livrinho é aberto.
Da mesma forma que ocorre um interlúdio ou uma preparação entre o sexto e o sétimo selo acima expostos, o capitulo 10 do Apocalipse aparentemente representa um interlúdio entre os acontecimentos que ligam a sexta e a sétima trombeta.
Ao passo que no primeiro interlúdio o último selo do rolo seria aberto, aqui vemos que o livro seria comido.


As duas testemunhas.
Muitas são as especulações de quem seriam exatamente as duas testemunhas, mas a interpretação mais aceita é de que seriam Enoque e Elias, visto que eles não conheceram a morte. Uma segunda interpretação diz que uma dessas testemunhas possa ser Moisés, pois ele reaparece no monte da transfiguração com Elias (Mt 17. 1-8).


O número 666.
Grandes são as especulações a respeito deste número, questões acerca dos numerais em si, se eles serão marcados literalmente como números ou algarismos, ou se eles serão códigos identificadores.

A questão é a seguinte, o anticristo tentará em quase tudo imitar Deus para enganar quem ele puder enganar, vemos no início da tribulação no (cap. 7. 3) Deus marcando o seu povo e então satanás imitará mais este sinal.

A verdade sobre este número é que ele marcará aqueles que aderirem o governo do anticristo, quem não receber esta marca será impedido de comprar, vender, negociar e o principal, será extremamente perseguido até a morte.

A provável ligação deste número como sendo um sinal será a possibilidade de identificação do indivíduo, já existem projetos e empresas que fazem experimentos em animais e seres humanos de uma espécie de microchip, onde todas as informações do indivíduo residem neste objeto, permitindo até a sua localização via satélite em qualquer parte do Planeta.

Isso a princípio nos parece bastante útil para a vida, não necessitarmos mais usar identidade extracorpórea, caso sejamos seqüestrados logo há a possibilidade de localização, não carregarmos conosco dinheiro ou cartão de crédito, basta ter este microchip introduzido abaixo da pele da mão ou da testa e isso tudo se torna um realidade plausível, mas a verdade é a seguinte, o intento de satanás é manter todos sob os seus comandos e isso é uma ferramenta mais que útil para ele cumprir este seu intento.


10. GRANDE TRIBULAÇÃO

Logo após o arrebatamento da Igreja e antes da manifestação pessoal de Jesus a este mundo, terá lugar uma série de eventos terríveis em sua magnitude e alcance. É um tempo de tribulação e angústia predito pelos profetas do Antigo Testamento. Daniel refere-se a uma tribulação jamais dantes experimentada; (Dn. 12.1). Jeremias descreve-a como o tempo de angústia para Jacó; (Jr. 30.7). confira também as palavras de Jesus em (Mc. 13.19). O ponto culminante deste tempo de angústia será de tal forma que se “o Senhor não abreviasse aqueles dias, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos que escolheu, abreviou aqueles dias; (Mc. 13.20).
Deve ficar bem claro que uma das condições para o desencadeamento da Grande Tribulação será precisamente, o rapto da Igreja. O rapto assinalará o fechamento do longo parêntese que definiu a Dispensação da Graça. Após, é que o Rei Jesus voltará a tratar diretamente com Israel e com o mundo gentílico.

A Grande Tribulação durará uma semana de anos, (Dn. 9. 27). Será a Septuagésima semana de Daniel. Uma semana de anos corresponde a sete anos; a semana será dividida em duas etapas de três anos e meio. A última etapa da 70ª semana é assim designada: tempo, tempos e metade de um tempo.

Desvendando um mistério.

O anjo disse a Daniel sobre estas setenta semanas de anos que estão determinadas sobre o povo de Israel. As primeiras sessenta e nove terminaram com a crucificação do Messias; (Dn. 9.26). Muitos acreditam num interlúdio entre a 69ª e a 70ª semana, como se esta estivesse indefinidamente adiada. Esse interlúdio é a era da graça. Quando a influência restringidora da operação do Espírito Santo em, e através da Igreja, for removida, por ocasião do arrebatamento, então iniciará a última e terrível semana.

O líder terreno durante a Grande Tribulação será o inimigo do Senhor Jesus: o anticristo. A palavra “anti” tem este sentido básico no grego: em lugar de e não contra. Ele não dirá ser o anticristo. Antes reivindicará ser o verdadeiro Cristo.

O anticristo aparecerá no cenário mundial. Fará um concerto por sete anos com o povo de Israel. Já que o mundo está em suas mãos, três espíritos imundos semelhantes a rãs saem da boca da trindade satânica para congregar todas as nações para a peleja contra Israel, isto é, para a Grande Batalha do Armagedom.

Esta Batalha culminará no triunfo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Quanto ao anticristo e aos seus aliados, serão lançados no Lago de Fogo.

Israel, é claro, será restaurada e purificada; (Is. 2.5-22; 16.1-5; 24.1-15; 26.20,21). E as nações serão julgadas; (Mt. 25.31-46).

Nos eventos da tribulação vemos outra menção às sete taças da ira de Deus, vejamos o que isto quer dizer:

Assim como nos selos e nas trombetas há juízo de Deus sendo derramado na Terra, as sete taças referem-se ao juízo de Deus contra a Babilônia.

Babilônia tem dois sentidos, são eles:

a) Babilônia.
Inicialmente temos nos textos a expressão “Babilônia”, através dos textos fica claro visualizar, que esta será a unidade em uma só instituição religiosa, ou seja, haverá uma única religião aceita neste período, que compreenderá por este nome simbólico de “Babilônia”.

b) Babilônia, a Grande.
Nos textos subseqüentes vemos outro nome parecido, porém esta agora é chamada de “Babilônia a Grande” que será a unidade em um só sistema político liderado pelo anticristo.

No quadro abaixo veremos a diferença entre o conceito e as principais funções de cada uma delas:


TÍTULO NOME NOME

Representa Sistema Religioso Sistema Político

Líder Besta-Cordeiro Besta-Leopardo

Semelhante a: Uma mulher adúltera Uma grande cidade

Missão Seduzir a todos para adorar o anticristo Reunir recursos para uma guerra contra Deus

Posição Sentada sobre sete colinas Visível do mar

Destruição Arruinada pelos reis da terra Totalmente destruída pela ira de Deus

Reação à sua destruição Os reis celebram Seus investidores choram sua perdas


11. MILÊNIO

Os intérpretes do Apocalipse estão também divididos na forma COMO ABORDAM O MILÊNIO. (Os mil anos mencionados no cap. 20). A maneira como se encara o Milênio afeta a interpretação do Apocalipse como um todo. É necessário levantarmos, aqui, alguns pontos.

a) Amilenistas. Ensinam que não haverá nenhum Milênio, pelo menos não na terra. Alguns simplesmente dizem que, como o Apocalipse é simbólico, não há sentido algum em se falar em Milênio Literal. Outros interpretam os mil anos como algo que ocorrerá no céu. Pegam o número mil como um algarismo ideal, um período indefinido. Assim, esperam que este período da Igreja termine com a ressurreição e julgamento geral, tanto do justo como do ímpio, seguindo-se imediatamente o reinado eterno no novo céu e na nova terra. A maioria dos amilenistas considera Agostinho (o bispo de Hipona, no Norte da África 396 – 430 d.C.) um dos principais promotores do amilenismo.

b) Pós-Milenista. Começou a espalhar-se a partir do século XVIII. Seus adeptos interpretam os mil anos do Milênio, como uma extensão do período atual da Igreja. Ensinam que o poder do Evangelho ganhará todo o mundo para Cristo, e a Igreja assumirá o controle dos reinos seculares. Após haverá a ressurreição e o julgamento geral tanto do justo como do ímpio, seguido pelo reinado eterno no novo céu e na nova terra. O pós-milenismo também espiritualiza irritadamente as profecias da Bíblia, não dando espaço à restauração de Israel ou reinado literal de Cristo sobre a terra durante o Milênio.

c) Pré-Milenista. Acreditam que, o retorno de Cristo, a ressurreição dos salvos e o tribunal de Cristo, será antes do Milênio. No final deste, Satanás será solto, engana as nações, mas há de ser prontamente derrotado para todo o sempre. Segue-se o julgamento do GTB, que sentenciará o restante dos mortos. Aí sim, teremos o reino eterno no novo céu e na nova terra.

A perspectiva Pré-Milenista e futurista simples, juntas, encaixam-se melhor nas orientações de Jesus. É essa classe de intérpretes do Apocalipse que a maioria dos pentecostais defende.


CONSIDERAÇÕES FINAIS

ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS .
Para se ter uma seqüência lógica deste fato, vamos fazer uma revisão sobre a doutrina da Morte.

O QUE É MORTE?
É o resultado do pecado de nossos pais.

A morte caracteriza-se de duas maneiras: 1º, morte como estado; e morte do agente, (Ap.6.8).

Como estado a Bíblia fala de 3 tipos de morte: Física, espiritual e eterna.

a) Morte física. O seu significado é: dissolução vital do organismo.

O que acontece na morte física?
Resposta: alma e espírito separam-se do corpo.

Mas para melhor entender o que é alma, a Bíblia nos revela 4 designações para a alma, a saber:

Primeiro – alma como indivíduo, como cidadão; (Rm.13.1).

Segundo – alma no sentido biológico, isto é, o sangue; (Lv. 17.11).

Terceiro – como sentimento do homem; (Mt. 26.38).

Quarto – alma como parte imortal do homem. Jesus disse: Não temeis o que mata o corpo e não mata a alma.

Quando a Bíblia fala do sono da alma, refere-se ao corpo físico. Jacó falou: Irei e dormirei com os meus pais.

No sentido espiritual e eterno, alma não dorme; (Ap. 6.9).

b) Morte espiritual. É o estado do pecador separado de Deus. É a separação da comunhão com Deus; (Ef. 2.1).

Existe solução para a morte espiritual?
Sim, desde que o pecador aproxime-se de Deus com um coração arrependido antes da morte do corpo e dos sentidos psíquicos.

c) Morte eterna. É a eterna separação da presença de Deus – a impossibilidade de arrependimento e perdão. Portanto não há solução para esse tipo de morte. É chamada a 2ª morte, porque a primeira é física. É identificada como punição do pecado; (Rm. 6.23). Os ímpios, depois de julgados, receberão a punição da rejeição que fizerem à graça de Deus e, serão lançados no Geena (Lago de Fogo); (Ap. 20.14,15). Esse tipo de morte tem sido alvo de falsas teorias que rejeitam o ensino real da Bíblia.


O que é estado Intermediário?
E um modo de existir entre a morte física e a ressurreição final do corpo sepultado. No A.T., esse lugar é identificado como sheol (no hebraico), e no N.T. como Hades (no grego). Os dois termos dizem respeito ao reino da morte.

a) OS MORTOS – JUSTOS. Todos os justos, de Adão até a ressurreição de Cristo, ao morrerem, suas almas (com possível exceção de Enoque e Elias), desciam ao Paraíso, que naquele tempo constituía um compartimento do Sheol ; cf. (Gn. 37.35).

b) OS MORTOS – ÍMPIOS. Desde o tempo de Adão até o julgamento do Grande Trono Branco, as almas dos ímpios seguem para o mundo invisível, ou seja, o Sheol ou Hades aguardando o julgamento final quando serão lançados no Lago de Fogo; cf. (Nm.16.30,33).

CORRIGINDO UM GRAVE ERRO

Infelizmente, estes nomes Sheol e Hades têm sido traduzidos incorretamente em certos casos em algumas versões das Escrituras, por exemplo, como inferno, sepultura, e abismo. Por exemplo, (Gn. 37.35), Jacó expressou-se: “na verdade com choro hei de descer ao meu filho à sepultura”. (grifo nosso). Este termo sepultura não é a cova, propriamente dito, que no original hebraico é traduzido por Queber. E sim o Mundo Invisível dos mortos traduzido por Sheol. A Bíblia, Edição revista e Corrigida, traduz de maneira correta este termo em (Jó 17.15,16): “Onde estaria então agora a minha esperança? Sim, a minha esperança, quem a poderá ver? Ela descerá até aos ferrolhos (portas) do Sheol”.

Observe agora o contraste entre as palavras Sheol (mundo invisível) e Queber (sepultura, cova, túmulo) no A.T.

QUEBER

- usada no plural;
- existe muitas queberes
- abriga ou recebe cadáveres
- localizada na superfície da terra
- há uma para cada indivíduo
- o homem coloca corpos na queber

SHEOL

- usada na forma singular; (Jó 17.15,16)
- existe apenas um Sheol
- jamais recebe cadáveres
- localizado abaixo (no centro) da terra
- lugar onde há muita gente
- somente Deus envia o homem ao Sheol; (Lc.16.22,23).


Concluímos, então, que o uso da palavra queber prova que ela significa sepultura, túmulo, que acolhe o cadáver, enquanto o Sheol acolhe o espírito do homem.


O Sheol-Hades, antes e depois do Calvário.

Antes do Calvário, o Sheol-Hades dividia-se em 3 partes distintas. A primeira parte é o lugar dos justos, chamada Paraíso, Seio de Abraão, Lugar de consolo; ( Lc. 16.22,25). A Segunda é a parte dos ímpios, e é denominada lugar de tormento; (Lc.16.23). A terceira fica entre a dos justos e a dos ímpios, e é identificada como lugar de trevas, Lugar de prisões eternas, Abismo. (Lc. 16.22); (2Pe. 2.4); (Jd. v. 6). É aí onde Satanás será preso durante o Milênio, e onde se encontra aprisionada uma classe de anjos caídos, a qual não sai desse abismo, senão quando Deus permitir nos dias da Grande Tribulação.

Depois do Calvário, houve uma mudança dentro do mundo dos mortos. Depois da sua morte Jesus esteve 3 dias no coração da Terra, isto é, no Paraíso, do qual Ele havia dito ao malfeitor. Por esta ocasião, Cristo aproveitou a oportunidade e “pregou aos espíritos em prisão, os quais noutro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé”; (1 Pe. 3.18-20). Depois disso efetuou a grande mudança no Sheol-Hades “subindo ao alto levou cativo o cativeiro”; (Ef. 4.8), isto é, trasladou o Paraíso para o 3º céu, na presença de Deus, debaixo do seu altar; (Ap. 6.9), separando completamente das partes inferiores onde continuam os ímpios mortos. E isto foi o cumprimento cabal de sua promessa, quando esteve ainda na terra: e as portas do inferno (Hades) não prevalecerão contra a minha Igreja.

Somente os justos gozam dessa mudança em esperança pelo dia final quando esse estado temporário se acabará, e viverão para sempre com o Senhor, num corpo espiritual ressurreto.


O JULGAMENTO FINAL

(Ap. 20.11-15) descreve que o julgamento terá lugar ao fim do Milênio, mil anos depois do julgamento das nações, realizando-se não sobre a terra, como foi o caso do julgamento das nações, mas sim nas regiões celestiais onde Deus habita. A primeira ressurreição, (Ap.20.6), ocorrerá antes do início do Milênio e será para os mortos justos pertencentes a todas as dispensações, à Igreja, e ao grupo salvo durante a Grande Tribulação. (Ap.7)

Sendo que os participantes da 1ª ressurreição são descritos como bem aventurados, e santos, naturalmente os demais mortos que não viverem até o fim do Milênio não o são. Por essa razão cremos que perante o Grande Trono Branco comparecerão os mortos ímpios.

A presença do Livro da Vida será necessária na condenação daqueles que alegarão méritos das suas obras, quando deveriam ter aceitado a Cristo como seu Salvador, fato que teria colocado seus nomes nesse livro do Cordeiro.

Os ímpios serão julgados segundo as suas obras. O registro delas será aberto e lido para determinar o grau de castigo. O Lago de Fogo será para todos os ímpios. Para este lugar serão removidos para sempre a morte e o Hades.





O ESTADO PERFEITO E ETERNO.

Jesus não deixou de mencionar sobre essa era perfeita. Apocalipse 21 e 22 descreve as glórias deste estado eterno.

A cidade de Jerusalém, a celestial, baixará de vez sobre a Terra. A nova terra tem seu relevo totalmente diferente.

Quem preparou esta cidade foi Jesus. A cidade é quadrangular. Nessa cidade não haverá mais noite, nem precisará da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre os seus e reinarão pelos séculos dos séculos. Deus enxugará de nossos olhos toda a lágrima.

Conheceremos as águas límpidas do Rio da Vida e sentiremos o gostoso sabor do fruto da Árvore da Vida.


FONTES BIBLIOGRÁFICAS

CABRAL, Elienai. Revista Lições Bíblicas (3º trimestre 1998) CPAD.

FALCÃO, Napoleão. Fita K-7. As cinco verdades sobre a morte.

GILBERTO, Antônio. O calendário da profecia (9ª Edição 1997) CPAD.

GOMES, Gesiel Nunes. O Rei está voltando (1ª Edição 1978) LEAL.

HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas (2ª Edição 1996) CPAD.

HORTON, Stanley M. A Vitória Final (1ª Edição 1995) CPAD.

LOCKYER, Sr. Herbert. Apocalipse – O drama dos Séculos, (1ª Edição em Português 1992) Editora Vida.

OLSON, N. Laurence. O plano Divino Através dos Séculos (18ª Edição 1998) CPAD.

JEOVÁ, O Senhor. A Bíblia Sagrada.

RODRIGUES DE AGUIAR, Marcelo - http://www.ibmatadapraia.org.br/?p=1234

HALLEY, Henry Hampton – Manual Bíblico: Nova Versão Internacional – São Paulo, Editora Vida, 2001., pag. 721.

www.wikipedia.com.br

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